quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

**...Hoje, depois de ouvir por um bom tempo um amigo que sofre por amor, cheguei à algumas conclusões.. mas a principal delas foi a questão do desapego..
como é simples nos apegarmos nas pessoas, em questão de segundos já declaramos que sem aquele(a) não sobreviveremos, se não puder estar junto não poderemos respirar, se não provarmos denovo não seremos felizes...
é tão simples criar a necessidade que nunca existiu, e nem viria existir se não tivéssemos baixado a guarda e apenas nos permitido "tentar".. a paixão pode ser a palvra que define essa necessidade...
Mas assim como a maioria das coisas, isso também possui um Fim, chego à pensar que a eternidade é uma posse dos deuses.
Tudo oq começa precisa de um ponto final, fica um sentimento de perda para marcar os limites que não poderemos mais ultrapassar, meia dúzia de lembranças nas palavras finais e pronto.. a situação muda e agora não há mais necessidade, agora fica a falta, saudade..
E o problema é que não nos libertamos em definitivo, sempre fica aquela pontinha.. a promessa de que depois dessa espiadinha nunca mais voltaremos olhar, só mais uma lembrança antes de dormir e prometemos nunca mais lembrar.. só mais um beijo de despedida para poder ter pelo menos a sensação na memória.. a verdade é que desapegar, nós raramente conseguimos...
Fiquei me perguntando pq se torturar parece menos ruim do que desistir de vez, largar, mudar, desprender-se... mas olhando a situação que em minha frente se prostrava, percebi que o que parece mortal não é concluir que perdemos ou nos perderam.. mas sim, descobrir que na verdade nunca possuímos ou nos possuíram..**

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

**..se sou tudo aquilo que fiz no passado.. então já fui criança desobediente que sobe em árvore e pula portão, toma chuva e leva bronca, anda de carrinho de rolimã.. fui menina com medo do primeiro beijo, que se apaixona e acha que será eterno, fui a pessoa mais ferida da face da terra quando perdi os meus heróis, e me senti a mais forte quando consegui levantar na manhã seguinte... fui infantil com idade pra decidir os rumos da minha vida... já fui certa em muita coisa, errei em muitas outras.. já perdi, já ganhei.. sorri depois de chorar muito.. mas hoje sou instante, incerto e inconstante.. pra descobrir que as respostas mudam, mas as perguntas ainda serão as mesmas..**
**..apesar da minha incompreensão eu acho que existe o Tempo certo das coisas. Determinadas respostas não podem vir muito cedo, privando-nos do amadurecimento.. nem muito tarde, quando já não há mais tempo.. precisa ser uma mudança na hora certa, surpreendente, sincera, produtiva.. não precisa necessáriamente vir recheada de promessas de futuro, nem te mostrando como é o final do trajeto, senão, qual a graça de caminhar? mudar é fácil, não mudar é apenas mais cômodo..**

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010


Sempre preferi a prata ao ouro
talvez porque a morte gelada que a prata implica,
seja mais atraente do que o ardor escaldante do ouro.
nunca realmente preocupei-me como iria perder essa vida
Nunca sequer liguei para onde iria
Só me preocupei com esse ultimo momento de dor
No qual, eu escolheria entre o fogo e o gelo,
Que destruiriam meu corpo.
E elevariam minha alma outra vez
(Poeta da Areia)