**Pode ser aquele passado presente demais em nossas vidas, aquela frase mal dita ou interpretada, excesso de saudade, pode ser consequência da distância, talvez seja o acúmulo de dúvidas e inseguranças, aquela noite mal dormida, aquele sonho amedrontador.. e em um segundo as juras de amor viram palavras atiradas em forma de navalha na pele dos que amam...
Sem perceber deixamos de lado as sete mil certezas que tinhamos antes de deparar com as terríveis diferenças, esquecemos que na verdade cada vez que desistimos um do outro estamos testando esse sentimento que nos consome diariamente... perguntando à ele se é mesmo Amor o nome disso...
Será tão simples colocar tudo na beira do abismo como se não importasse quebrar? Deixar tão exposto à ferimentos algo tão precioso...? Pq é simples querer para sí alguém, e tão impossível se desvencilhar de tudo?.. a pior das questões talvez seja, o pq somos tão insanos de correr o risco de fazer passado um futuro maravilhoso... por coisas tão pequenas e insignificantes...
Nos magoamos, esquecemos que parte daquela ferida recém aberta no outro será feita em sí mesmo, perdemos os beijos, separamos o abraço e resumimos as carícias em lágrimas... salgadas lágrimas de dor, insana necessidade de fuga...
Assim, depois de tudo isso, se espalha o silêncio e a reflexão de cada palavra dita e ouvida, calcula-se que apesar de todas as coisas erradas e defeitos, não existiria vida sem aquela pessoa, não seria possível estar em pé caso aquele(a) não estivesse ao seu lado, percebe que apesar do momento de fúria e desordem, os motivos pelo qual guardamos as fotos e as cartas são maiores... o momento em que olhar nos olhos significou flutuar com os pés no chão valeu muito mais à pena do que a mágoa que agora se abriga na alma...
Descobre então.. que era amor em definitivo, pois precisa de um pouco mais do que meia dúzia de coisas erradas e um orgulho feroz para se dissipar..**
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